sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

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"Educação: Maria de Lurdes Rodrigues foi ao Parlamento
Ministra já admite substituir modelo"
"A ministra da Educação admitiu ontem pela primeira vez a substituição do modelo de avaliação dos professores mas só no próximo ano lectivo e depois de ser aplicado este ano. A Oposição criticou a contradição da proposta, enquanto os sindicatos pedem para reunir com a ministra.
'Uma vez iniciada este ano uma avaliação séria dos professores, estarei totalmente aberta à discussão de alterações a este modelo e até à sua substituição por outro melhor, mas em anos seguintes, não neste. O modelo pode ser corrigido mas primeiro tem de ser aplicado', disse Maria de Lurdes Rodrigues, na Assembleia da República, num discurso muito aplaudido pelos deputados do PS, durante o debate de urgência sobre avaliação pedido pelo Bloco de Esquerda (BE).
A Oposição considerou a posição da ministra contraditória. 'Como pode defender este modelo com unhas e dentes e, ao mesmo tempo, afiançar que está disponível para o substituir? Não se pode querer uma coisa e o seu contrário', disse Cecília Honório (BE). Já o CDS-PP falou em absurdo. 'Pretender aplicar um modelo para depois o substituir é um verdadeiro absurdo. Estamos a perder tempo e seria melhor ter humildade e deixar que o primeiro-ministro tente chegar a um acordo', afirmou Diogo Feio do CDS-PP.
Pedro Duarte, do PSD, considerou que a 'atitude diferente' da ministra foi 'aconselhada pelo marketing político' e parafraseou o Bloco: 'Não pode sair daqui a dizer uma coisa e o seu contrário'.
À saída do debate, confrontada pelo CM se fazia sentido aplicar um modelo este ano que pode ser substituído no próximo, a ministra retorquiu assim: 'Fui mais longe, dizendo que se pode substituir o modelo, para provar que não tenho preconceitos em relação a modelos de avaliação'.
Todos os partidos da Oposição apresentaram moções pela suspensão do modelo que deverão ser hoje rejeitadas pela maioria socialista. "
"FRASES"

'Estou aberta à substituição do modelo de avaliação mas no próximo ano, depois de ser aplicado este ano.' - Maria de Lurdes Rodrigues
'Estou em crer que os professores saberão manter os alunos afastados deste processo da avaliação.' - Idem
'Pretender aplicar um modelo para depois o substituir é um verdadeiro absurdo e uma perda de tempo.' - Diogo Feio, CDS/PP
'Há aqui uma contradição insanável, uma enorme incoerência. É um problema de perder a face política.' - Luís Fazenda, Bloco Esquerda
'DISPONÍVEIS PARA NEGOCIAR'
"Mário Nogueira, porta-voz da plataforma sindical, lançou ontem um convite ao Governo, em resposta às declarações de Maria de Lurdes Rodrigues. 'Convido a srª ministra da Educação a fazer-nos chegar a informação de que quer negociar pois é ali, sentados na mesa de reuniões, que vamos realmente perceber o que é isso de negociação', disse Mário Nogueira, garantindo que 'não haverá nenhum pedido de negociação suplementar das alterações ao modelo do Governo'.
O líder sindical considerou que há uma abertura da ministra na sequência da greve e salientou que os sindicatos estão inteiramente disponíveis para 'uma negociação aberta e sem condições'. "
"VIGÍLIA DE 36 HORAS TERMINA HOJE ÀS 00H00"
"Termina à meia-noite de hoje uma vigília de 36 horas que tem vindo a reunir centenas de professores, frente ao Ministério da Educação. Com uma tenda de campismo montada em plena avenida 5 de Outubro, Lisboa, os professores têm vindo a manifestar-se, desde a manhã de ontem, de diversas formas.
Ao som de Sérgio Godinho, os docentes exibem, com orgulho, as bandeiras dos sindicatos e faixas onde se lê: ‘Da indignação à exigência: Deixem-nos ser professores’. Ao fim da tarde de ontem, foram vários os deputados dos partidos da Oposição que estiveram na vigília, ao lado dos professores, incentivando-os a continuar a luta contra o processo de avaliação. "
"ALUNOS EM GREVE ATIRAM OVOS E FRUTA AOS PSP"

"O dia nacional de luta dos estudantes do Ensino Básico e Secundário contra o Estatuto do Aluno ficou ontem marcado por pouca adesão a nível nacional (sete mil), mas forte em Viseu – onde dois mil alunos se manifestaram, mantendo-se assim dois dias consecutivos sem aulas.
À porta de algumas escolas da cidade e do Governo Civil os agentes da PSP foram atingidos com ovos e fruta. Os alunos acusam a polícia de ter agido 'com excesso de violência' quando foi chamada pelos conselhos executivos para abrir os portões das escolas, que foram trancados a cadeado. Os alunos da Escola Alves Martins chegam mesmo a acusar a PSP de ter lançado gás pimenta. 'Colegas da minha confiança disseram que foram eles, mas eu não vi', disse Guilherme Almeida, presidente da Associação de Estudantes da escola.
O comandante da PSP de Viseu, nega: 'Se foi atirado gás pimenta, não foi pelos nossos agentes', garantiu Victor Rodrigues. Valter Lemos, secretário de Estado da Educação, minimizou o protesto. "

Bernardo Esteves / L.O. / J.F.
in, Correio da Manhã, 5 de Dezembro 2008
Na minha opinião tudo isto está a prejudicar a educação e não a melhorá-la...mas, pelos vistos o nosso governo e em particular a nossa ministra da educação nao está muito preocupada com isso

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